Chá de Leras #75

 "A Paixão de Vincent Van Gogh" - Rafael Gobbo


Oi oi, gene! Tudo bem? 


Livrinho que recebi da Editora Coralina e infelizmente não funcionou pra mim... 

Quando ouvi dizer que era um livro de crônicas e ainda com referência a Van Gogh, imaginei que fosse com um pouco mais de sensibilidade na escrita e/ou temáticas abordadas, mas não foi o que descobri aqui. O livro apresenta textos, em que cada escrito numa única página, relata algum assunto aleatório em que o autor dá a opinião dele a respeito, literalmente. O que me incomodou um pouco foi isso, esses "Eu acho que", ou "Eu gosto", parece que o autor só está ali contando o que ele acha das coisas, falando mal de outras e ainda sem uma visão crítica, apenas algo raso mesmo, que poderia ser facilmente um tweet caso coubessem mais caracteres na plataforma.

Por conta disso, não me envolvi muito na leitura, apesar de ter me identificado com algumas situações retratadas. Mas não acredito que seja uma escrita ruim, foi uma quebra de expectativa minha e não identificação com o estilo - tanto que irei até recomendar o livro para uma pessoa que conheço e sei que irá gostar mais.

É uma leitura bem direta, como uma conversa casual - com algumas citações. Muitos pontos de vista sobre assuntos que, além de não ter muito link entre si, nem uma 'moral da história' - ou até mesmo uma crítica -, não possui certa profundidade ao meu ver, nem estilo textual. 

Porém confesso que as situações em que me identifiquei, foram tanas coincidências incisivas, que achei bacana. Segue algumas frases:

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Q U O T E S :

"Meu interesse por livros começou na infância. Os primeiros que ganhei de que tenho recordação eram ilustrados e vinham numa caixa, com fitas cassetes."

"(...) mais curioso, e que aperta meu coração, é me dar conta de que quanto mais interajo com meu filho e solidifico nossos laços, mais penso que meu pai deve ter tido uma experiência parecida comigo quando eu era a criança."

"Lembro-me que, quando era criança, tinha um fascínio por crescer, trabalhar em um escritório, ter minha mesa e meus pertences; enfim, todo aquele universo da vida adulta com seus afazeres a cumprir me instigava."

"Ser responsável por alguém me fez colocar vários dos meus valores em perspec-tiva."

"(...) seres humanos de verdade incomodam: ficam na nossa frente quando temos pressa; (...)"

"Passei boa parte da minha modesta existência em meio a um conflito interno: admirava a humanidade - por tudo que já conquistou e pelo que ainda pode alcançar -, mas não suportava as pessoas de verdade, de carne e osso."

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Bjs: #SafiSaga


@safirasafisaga


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