Diário de Viagem! #1
Tão tão distante...
Tão bonita é a vida como conhecemos, tudo o que nos é permitido e dado com amor. A aparência que temos, pessoas que conhecemos, prioridades em nossa vida e futilidades que tem tanta importância em nosso dia-a-dia que nem ao menos nos passa pela mente, tantas outras situações bem diferentes das nossas, por ai no mundo.
Tudo começou quando foi sozinha para o Rio de Janeiro, no início de 2017, com 17 anos. Era tudo novo para mim, ficaria por 5 meses morando com pessoas que eu nem faziam ideia de quem eram, tendo uma rotina bem diferente do que de costume, porém aprendendo e me aproximando mais de Deus. Exatamente o motivo qual escolhi para fazer Eted (Escola de Treinamento e Discupulado) da Jocum, uma instituição missionária de anos, existente no mundo todo, com muitas escolas, funcionando também como uma Universidade, a Universidade das Nações, bases espalhadas pelo mundo, com diferentes tipos de pessoas, áreas de atuação, etc.
No começo me adaptei bem, eu diria. Pois como estava acostumada com a rotina e horários em acampamentos da igreja, um lugar com muita gente e horários para tudo, era familiar para mim, porém, não tanto quando não existiam quase ninguém com a minha idade, e sim mais velhos, alguns bem mais velhos. Eram muitas aulas, lindas e tocantes... como: Cosmovisão, Perdão, Consciência Limpa, Renúncia, Louvor e Adoração, Evangelismo, Transcultural, Paternidade de Deus, Quebrantamento, entre tantas outras. E em meio à tudo isso, aprendíamos também com alguns Seminários, a arte era muito presente, com intervenções, sarau, tudo muito bonito. Tínhamos a hora da Manutenção claro, escala para louça, refeições, entre outras; vivíamos em comunhão todo o tempo, com culto, momentos de louvor, devocional, intercessão, refeição, etc. Até íamos aos finais de semana em outras igrejas, ensinar algumas coisas, falar com os jovens, adultos, trabalhos com crianças e até fazer evangelismos nos bairros.
Diria que foi um momento único e marcante em minha vida. SÉRIO.
Estava tudo muito bem, um pouco de saudade de casa, da família e amigos, mas nada que me fizesse querer desistir. Até que, finalmente, eles revelam o Período Prático da escola. Pois como era uma escola para ingressar em missões, ficaríamos alguns meses na base e outros em algum lugar do mundo, para passarmos o que aprendemos e realmente viver a realidade missionária fora de uma base. Eu estava um tanto apreensiva.
E as duas opções que tínhamos eram: Nordeste do Brasil, e Mongólia. Bom, eu claramente afirmei pra mim mesma: "Com certeza você vai para o Nordeste, nunca que te deixariam sair do país, você ainda sendo mais nova, sem experiência alguma nem em sua própria cidade direito; além de que ir pra Ásia não deve ser nada barato, ainda mais pra ficar 2 meses! E seus pais? Não, não... nem passaporte você tem!". Logo, eles nos pediram para orar, ter direcionamento de Deus e escolher o lugar que Ele quer para nós.
Pra falar a verdade, eu nem queria orar por isso, já tinha minha resposta; por mais que o meu coração ardesse pela Mongólia! Eu tinha que ser realista e saber que certas coisas não era permitidas para mim, que temos um limite e o meu não podia ultrapassar para tão distante assim, estando sozinha no RJ já tinha sido um baita de um passo e desafio muito grande. Ásia? Fora de cogitação, impossível.
Porém eu orei, pedi para Deus direcionamento, e Ele tocou em meu coração sobre a Mongólia. Eu fiquei desesperada, conversei com meus pais e eles também não acharam uma boa ideia de início. Foi então, que conversando com o Pai, Ele me deu a palavra de 1Cr 17.16-17: "Quem sou eu, Senhor Deus? E qual é a minha casa para que me trouxeste até aqui? E isso ó Deus foi pouco aos Teus olhos; pelo o que falaste da casa do teu servo para tempos distantes." (me emocionei <3)
E aconteceu, de uma mulher do Cazaquistão visitar à base, e ela se comunicava apenas em inglês! Muitos de lá falavam inglês normalmente, porém eu e outros tantos não. Na verdade eu tinha certa noção da língua, mas não era flueeeeente assim. Mas, quando percebi, a mulher foi em nosso quarto (meu e das garotas que estavam comigo fazendo a escola) e eu já estava traduzindo tudo o que ela falava, pois as garotas não estavam entendendo; digo que fiquei muito surpresa, ela estava tendo revelações de Deus sobre cada uma de nós, mas falava em inglês, seria impossível saberem se alguém não traduzisse, porém Deus fez com que eu conseguisse e foi maravilhoso! Logo, pude notar um certo cuidado de Deus quanto à língua e a comunicação que teria caso saísse do país, pois era uma de minhas preocupações. Foi quando conversei com Deus e pedi para que se fosse realmente pra eu ir, que Ele pudesse me confirmar (sim, eu não tinha o direito de fazer isso, fui bem rebelde). Se eu recebesse uma palavra, e estivesse escrito mesmo que apenas uma vez, a palavra "nações", era realmente o plano de Deus eu ir para a Mongólia.
Então, um dia na meditação, Deus me deu a passagem de Isaías 41. Eu li normalmente, cantei algumas músicas, fiz meu resumo sobre o que tinha entendido do capítulo o que mais havia me tocado, a mensagem que o Senhor me trazia naquele dia e afins. Porém, faltando menos de 5 minutos para terminar a meditação, eu noto que no capítulo havia escrito muitas vezes a palavra "nações" e o próprio texto era Deus dizendo que estas precisavam de nós, então eu poderia ir sem medo, pois tinha que espalhar as boas novas e fazer outros povos ouvirem! (foi lindo <3) Logo, dei minha resposta sobre à Mongólia para a liderança da escola, e esperei até o dia em que eles falariam os nomes das pessoas e quem iria para qual lugar. E além de querer saber qual seria minha equipe, também tinha o desafio financeiro, que estava entre 11.500 reais para cada um que fosse.
CONTINUA...
Bom pessoal, este foi o primeiro "capítulo" dessa minha história verídica, e essa história aconteceu comigo (pegaram a referência? kkk). Espero que tenham gostado e que continuem acompanhando! Serão todos os domingos às 20h
Bjs: #SafiSaga
Tão bonita é a vida como conhecemos, tudo o que nos é permitido e dado com amor. A aparência que temos, pessoas que conhecemos, prioridades em nossa vida e futilidades que tem tanta importância em nosso dia-a-dia que nem ao menos nos passa pela mente, tantas outras situações bem diferentes das nossas, por ai no mundo.
Tudo começou quando foi sozinha para o Rio de Janeiro, no início de 2017, com 17 anos. Era tudo novo para mim, ficaria por 5 meses morando com pessoas que eu nem faziam ideia de quem eram, tendo uma rotina bem diferente do que de costume, porém aprendendo e me aproximando mais de Deus. Exatamente o motivo qual escolhi para fazer Eted (Escola de Treinamento e Discupulado) da Jocum, uma instituição missionária de anos, existente no mundo todo, com muitas escolas, funcionando também como uma Universidade, a Universidade das Nações, bases espalhadas pelo mundo, com diferentes tipos de pessoas, áreas de atuação, etc.
No começo me adaptei bem, eu diria. Pois como estava acostumada com a rotina e horários em acampamentos da igreja, um lugar com muita gente e horários para tudo, era familiar para mim, porém, não tanto quando não existiam quase ninguém com a minha idade, e sim mais velhos, alguns bem mais velhos. Eram muitas aulas, lindas e tocantes... como: Cosmovisão, Perdão, Consciência Limpa, Renúncia, Louvor e Adoração, Evangelismo, Transcultural, Paternidade de Deus, Quebrantamento, entre tantas outras. E em meio à tudo isso, aprendíamos também com alguns Seminários, a arte era muito presente, com intervenções, sarau, tudo muito bonito. Tínhamos a hora da Manutenção claro, escala para louça, refeições, entre outras; vivíamos em comunhão todo o tempo, com culto, momentos de louvor, devocional, intercessão, refeição, etc. Até íamos aos finais de semana em outras igrejas, ensinar algumas coisas, falar com os jovens, adultos, trabalhos com crianças e até fazer evangelismos nos bairros.
Diria que foi um momento único e marcante em minha vida. SÉRIO.
Estava tudo muito bem, um pouco de saudade de casa, da família e amigos, mas nada que me fizesse querer desistir. Até que, finalmente, eles revelam o Período Prático da escola. Pois como era uma escola para ingressar em missões, ficaríamos alguns meses na base e outros em algum lugar do mundo, para passarmos o que aprendemos e realmente viver a realidade missionária fora de uma base. Eu estava um tanto apreensiva.
E as duas opções que tínhamos eram: Nordeste do Brasil, e Mongólia. Bom, eu claramente afirmei pra mim mesma: "Com certeza você vai para o Nordeste, nunca que te deixariam sair do país, você ainda sendo mais nova, sem experiência alguma nem em sua própria cidade direito; além de que ir pra Ásia não deve ser nada barato, ainda mais pra ficar 2 meses! E seus pais? Não, não... nem passaporte você tem!". Logo, eles nos pediram para orar, ter direcionamento de Deus e escolher o lugar que Ele quer para nós.
Pra falar a verdade, eu nem queria orar por isso, já tinha minha resposta; por mais que o meu coração ardesse pela Mongólia! Eu tinha que ser realista e saber que certas coisas não era permitidas para mim, que temos um limite e o meu não podia ultrapassar para tão distante assim, estando sozinha no RJ já tinha sido um baita de um passo e desafio muito grande. Ásia? Fora de cogitação, impossível.
Porém eu orei, pedi para Deus direcionamento, e Ele tocou em meu coração sobre a Mongólia. Eu fiquei desesperada, conversei com meus pais e eles também não acharam uma boa ideia de início. Foi então, que conversando com o Pai, Ele me deu a palavra de 1Cr 17.16-17: "Quem sou eu, Senhor Deus? E qual é a minha casa para que me trouxeste até aqui? E isso ó Deus foi pouco aos Teus olhos; pelo o que falaste da casa do teu servo para tempos distantes." (me emocionei <3)
E aconteceu, de uma mulher do Cazaquistão visitar à base, e ela se comunicava apenas em inglês! Muitos de lá falavam inglês normalmente, porém eu e outros tantos não. Na verdade eu tinha certa noção da língua, mas não era flueeeeente assim. Mas, quando percebi, a mulher foi em nosso quarto (meu e das garotas que estavam comigo fazendo a escola) e eu já estava traduzindo tudo o que ela falava, pois as garotas não estavam entendendo; digo que fiquei muito surpresa, ela estava tendo revelações de Deus sobre cada uma de nós, mas falava em inglês, seria impossível saberem se alguém não traduzisse, porém Deus fez com que eu conseguisse e foi maravilhoso! Logo, pude notar um certo cuidado de Deus quanto à língua e a comunicação que teria caso saísse do país, pois era uma de minhas preocupações. Foi quando conversei com Deus e pedi para que se fosse realmente pra eu ir, que Ele pudesse me confirmar (sim, eu não tinha o direito de fazer isso, fui bem rebelde). Se eu recebesse uma palavra, e estivesse escrito mesmo que apenas uma vez, a palavra "nações", era realmente o plano de Deus eu ir para a Mongólia.
Então, um dia na meditação, Deus me deu a passagem de Isaías 41. Eu li normalmente, cantei algumas músicas, fiz meu resumo sobre o que tinha entendido do capítulo o que mais havia me tocado, a mensagem que o Senhor me trazia naquele dia e afins. Porém, faltando menos de 5 minutos para terminar a meditação, eu noto que no capítulo havia escrito muitas vezes a palavra "nações" e o próprio texto era Deus dizendo que estas precisavam de nós, então eu poderia ir sem medo, pois tinha que espalhar as boas novas e fazer outros povos ouvirem! (foi lindo <3) Logo, dei minha resposta sobre à Mongólia para a liderança da escola, e esperei até o dia em que eles falariam os nomes das pessoas e quem iria para qual lugar. E além de querer saber qual seria minha equipe, também tinha o desafio financeiro, que estava entre 11.500 reais para cada um que fosse.
CONTINUA...
Bom pessoal, este foi o primeiro "capítulo" dessa minha história verídica, e essa história aconteceu comigo (pegaram a referência? kkk). Espero que tenham gostado e que continuem acompanhando! Serão todos os domingos às 20h
Bjs: #SafiSaga
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