Chá De Letras #58

"Um Dia" - David Nicholls


Oi oi, gente! Tudo bem?

Aproveitando que lançou uma nova adaptação deste livro na Netflix (que cá entre nós, não vai superar a da minha queen Anne), trouxe aqui um pouco do meu parecer sobre o livro ~ irei comentar a respeito das duas adaptações também.

Eu não assisti a série ainda, e não sei se assistirei rs Vi que as críticas estão ótimas, teve mais de 90% de aprovação, mas a galerinha do filme ~ minha galera haha ~ não está curtindo tanto. Quero ver só para tirar minhas próprias conclusões, talvez futuramente, porque real que a história desse filme mexe muito comigo, me deixa bem bad..

Inclusive, esse ensaio que fiz em 2021, é para representar a quão intensa foi minha primeira experiência vendo o filme. A dor, luto, me colocar no lugar dos personagens.. Enfim, quis transmitir essa essência e evidenciar o livro.

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Começado por: Essa é uma das únicas exceções em que prefiro o filme ao livro. E isso é bem raro rs Não tirando o mérito do livro mas, o filme foi bem marcante pra mim e preferi essa história contada através das telas ~ apesar de ser um dos meus maiores traumas cinematográficos.

Sobre o enredo do livro, é composto por vários saltos temporais, por dois pontos de vista, que intercalam entre os dois protagonistas, Emma e Dexter. Eles se conheceram ao final da faculdade e se aproximaram após passarem uma noite juntos conversando pós formatura, num dia 15 de julho. A partir dai, o livro mostra todos os dia 15 de julho através dos próximos 19 anos. O foco é o relacionamento deles, que se tornam cada vez mais próximos ao longo do tempo, elos familiares, todos os tipos de mudanças, etc, são verdadeiros melhores amigos. Se encontram sempre que podem, e é nítido o afeto que possuem um pelo outro.

Emma é inteligente, esforçada, artista, dona de um humor ácido que me
ganhou! Seu amadurecimento na história é nítido, e se já amamos essa garota no início, conforme a história cresce, só iremos amar mais! Dexter por outro lado é totalmente instável, tem ideias malucas e vive intensamente, as vezes sem senso; mas notamos algumas pequenas evoluções nele também, apesar de sua natureza.

São tantos acontecimentos e camadas profundas desvendadas, que gera um misto de emoções ao ler! ~ principalmente nutrir um ódio pelo Dexter. O bacana também é acompanhar a evolução dos personagens através dos anos, um amadurecimento ~ que inclusive é bem mais claro em Emma ~ e as vezes uma quebra de expectativas; e claro, o romance que ambos possuem dentro de si mas não fazem tanto a respeito. Claramente há momentos mais românticos, mas eu diria nada açucarados, pois é algo tão natural, como se eles fossem imãs que enfim se encontravam e não tinha como não se tocarem. Mas os dois vivem se desencontrando; então há intervalos maiores em que ela está noiva e ele também, com outras pessoas, o Dexter chega a ter uma filha até. Mas claro, que dado um momento, o inevitável acontece.

É um leitura as vezes densa, focado no cotidiano, nas etapas da vida, sem nada tão grandioso; ou até, monstrando-nos o quão histórias talvez comuns, são grandiosas. Confesso que ao invés de me animar, em alguns momentos da leitura eu ficava com preguiça de como eles (Dexter) tentava resolver ou se portar nas situações. Talvez porque eu não curta tanto o gênero para ler, ou estive num momento mais apressado e essa leitura exigia mais tranquilidade. Mas a escrita de David é bem boa! Sentimos o ímtimo da história, como se os acontecimentos fossem quase palpáveis diante de nossos olhos. Recomendo pra quem não tem pressa, e curte um livro que aguce - ps: faz chorar viu, MUITO. - ps2: no filme já não senti isso, me instigou bem mais.


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QUOTES:


- “(…) Embora não fosse sentimental, havia ocasiões em que Dexter podia ficar quieto vendo Emma Morley rir ou contar uma história e saber com absoluta certeza que ela era a melhor pessoa que conhecia. Às vezes quase tinha vontade de dizer isso em voz alta, interrompê-la para fazer essa afirmação. (…)”


- "(…) Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida seria este. Confiança. Seria o presente da Confiança. (…)”


- “(…) Eles falavam muito pouco do que sentiam um pelo outro: não havia necessidade de frases bonitas e pequenas atenções entre amigos tão experientes. (…)”


- “(…) “Às vezes você percebe quando os seus grandes momentos estão acontecendo, às vezes eles surgem do passado. Talvez seja a mesma coisa com as pessoas. (…)”


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